CID R52 o que é: auxílio-doença, aposentadoria por Invalidez e BPC/LOAS no INSS

CID R52 o que é: auxílio-doença, aposentadoria por Invalidez e BPC/LOAS no INSS

CID R52

CID R52 é o código que aparece no atestado médico e valida um sofrimento que, muitas vezes, é invisível. Quem convive com a dor crônica sabe que ela não tem hora para acabar e que os remédios comuns da farmácia raramente resolvem.

A dor constante cansa o corpo e esgota a mente. Ela rouba a alegria de viver e transforma tarefas simples, como varrer a casa ou pegar um ônibus, em desafios gigantescos.

Quando essa dor impede o trabalho, surge o medo: “Será que tenho direitos? Como provar que dói se não aparece no raio-X?”. Este artigo vai te acalmar. Vamos explicar o que esse código significa, como o INSS enxerga a sua dor e quais são os caminhos para conseguir seus benefícios.

O que CID R52 diz sobre a sua dor?

O código R52 na Classificação Internacional de Doenças refere-se à “Dor não classificada em outra parte”. Ele é usado quando a dor é o problema principal, e não apenas um sintoma passageiro.

Quando o médico anota CID R52 no seu laudo, ele diz ao perito do INSS que você sofre de uma condição dolorosa que exige atenção específica. É o reconhecimento oficial de que a sua dor existe, é real e limita a sua vida.

Muitas vezes, exames de imagem não mostram o tamanho do sofrimento. Por isso, esse código é tão importante: ele dá nome àquilo que você sente e que, infelizmente, muitos acham que é “frescura”.

Entendendo as variações no laudo

Dentro desse grupo, existem tipos diferentes de dor. É importante saber o que está escrito no seu papel para se defender na perícia.

O cid r52.0 refere-se à “Dor Aguda”. É aquela dor forte que aparece de repente, geralmente após um trauma ou cirurgia. Muitas pessoas buscam por cid r52 0 na internet quando se machucam e precisam de um tempo curto para sarar.

Já o cid r52.1 é o mais grave para o INSS. Ele significa “Dor Crônica Intratável”. É a dor que não passa, mesmo com tratamento e remédios fortes. Esse é o código que mais gera chances de aposentadoria.

Por fim, temos o cid r52.2, a “Outra dor crônica”. É aquela dor que te acompanha há meses, incomoda e limita, mas que ainda pode responder a algum tratamento.

Auxílio-Doença: o tempo para buscar alívio

Se a sua dor te impede de trabalhar por mais de 15 dias, você tem direito ao Auxílio por Incapacidade Temporária. O CID R52 é muito usado para conceder esse benefício.

A lógica é simples: ninguém consegue ser produtivo sentindo dor o dia todo. O benefício serve para que você fique em casa, faça fisioterapia e tente controlar o quadro longe do esforço.

É diferente de uma situação passageira. Por exemplo, um cid para dor de garganta gera um afastamento curto, pois logo se cura. Já a dor crônica exige um acompanhamento longo e afastamentos recorrentes.

 CID R52

Aposentadoria por Invalidez: quando a dor não vai embora

A grande dúvida é: dor crônica aposenta? A resposta é sim, mas não é fácil. Para conseguir a aposentadoria por invalidez com o CID R52, você precisa provar que a dor é incapacitante e definitiva.

Geralmente, isso se aplica aos casos de dor intratável. O perito precisa estar convencido de que você já tentou de tudo: remédios, bloqueios, cirurgias e nada funcionou.

Além disso, ele vai avaliar se essa dor te impede de fazer qualquer trabalho. Se a dor é nas costas e você carrega peso, ele pode achar que você pode trabalhar sentado. Sua missão é mostrar que a dor tira a concentração e impede qualquer função.

BPC/LOAS: o amparo para quem tem baixa renda

Se você nunca pagou o INSS ou perdeu a qualidade de segurado, e sofre com dores terríveis, o caminho pode ser o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Nesse caso, o CID R52 deve ser encarado como uma condição que gera uma “obstrução de longo prazo”. Você terá que provar que a dor funciona como uma deficiência física, impedindo você de competir no mercado de trabalho.

Além da doença, é preciso provar a pobreza. A renda da família deve ser baixa (até 1/4 do salário mínimo por pessoa). O BPC garante um salário mínimo para quem não tem como se sustentar por causa da dor.

Como provar a dor na perícia médica?

A dor é invisível, e esse é o maior problema na perícia. O perito não sente o que você sente. Por isso, a sua documentação é a sua voz.

Não leve apenas um atestado simples com CID R52. Leve um relatório detalhado. O médico deve escrever o que você não consegue fazer. Exemplos: “não consegue ficar sentado por 30 minutos”, “perda de força nas mãos”, “necessita de repouso intercalado”.

Leve as receitas dos remédios. Mostrar que você toma medicamentos fortes (como opióides ou anticonvulsivantes) prova que o caso é sério. Ninguém toma remédio forte por diversão.

A importância do tratamento contínuo

Para o INSS, quem tem dor precisa se tratar. Se você aparecer na perícia dizendo que tem dor crônica, mas não vai ao médico há seis meses, o perito pode negar o benefício.

Mantenha suas consultas em dia. Cada ida ao posto ou ao especialista gera um registro no prontuário. Esses registros formam uma linha do tempo que comprova a persistência do CID R52 na sua vida.

Se faz fisioterapia, acupuntura ou frequenta a clínica da dor, peça declarações. Tudo isso mostra que você luta para melhorar, mas a doença persiste.

CID R5 o que é

Cuide da sua saúde mental também

Viver com dor causa depressão e ansiedade. Se você também sofre com isso, peça para seu médico relatar. O sofrimento emocional soma pontos na hora de avaliar a incapacidade total.

O sistema previdenciário existe para te proteger. A dor crônica é uma doença séria. Não tenha vergonha de buscar seus direitos.

O CID R52 é a prova técnica de que seu corpo precisa de descanso. Organize seus papéis, tenha paciência e lute pelo amparo que você merece.

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