Insegurança alimentar na terceira idade traz novos desafios

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A insegurança alimentar entre os idosos é uma realidade preocupante, respaldada por dados que destacam a vulnerabilidade desse grupo demográfico. De acordo com o Relatório Global sobre Segurança Alimentar e Nutrição da FAO, mais de 820 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de fome em 2018, e estima-se que uma parcela significativa dessas pessoas sejam idosos. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que cerca de 4,7 milhões de idosos viviam em situação de insegurança alimentar em 2019, representando aproximadamente 24% da população idosa do país.

Por que os idosos estão propensos à insegurança alimentar?

Os idosos enfrentam uma série de desafios que os tornam mais propensos à insegurança alimentar. Em primeiro lugar, muitos dependem de uma renda fixa limitada, como aposentadorias ou pensões, que podem não ser suficientes para cobrir todas as despesas, incluindo alimentação. Além disso, o aumento dos custos médicos pode diminuir ainda mais o orçamento disponível para alimentos.

A mobilidade reduzida também pode dificultar o acesso a alimentos frescos e saudáveis, especialmente para aqueles que têm dificuldade de se locomover. O isolamento social é outro fator significativo, já que a maioria deles  vivem sozinhos e podem enfrentar dificuldades para preparar refeições nutritivas ou acessar recursos alimentares.

Qual é o papel da família nesse contexto?

A família desempenha um papel de apoio  em situação de insegurança alimentar. Ela pode oferecer suporte emocional e social, ajudando a reduzir o isolamento social e garantindo que os idosos tenham acesso a redes de apoio comunitário.

Além disso, os familiares podem fornecer assistência prática, como acompanhamento em compras de supermercado, preparação de refeições e transporte para mercados ou programas de alimentação. O monitoramento da saúde também é importante, com familiares observando mudanças nos padrões alimentares e oferecendo apoio para seguir orientações médicas ou dietéticas.

Como garantir alimentação de qualidade na terceira idade ?

Para garantir uma alimentação de qualidade na terceira idade, é necessário adotar uma abordagem multifacetada. Isso inclui promover a inclusão social por meio de redes de apoio comunitário, oferecer programas educacionais sobre nutrição que ajudem a fazer escolhas alimentares mais saudáveis e facilitar o acesso físico aos alimentos por meio de programas de entrega e transporte. Além disso, é fundamental apoiar programas governamentais de subsídio alimentar e promover a segurança alimentar em instituições de cuidados de longo prazo, garantindo que as refeições oferecidas atendam às necessidades nutricionais dos idosos. Incentivar o autocultivo também pode ser uma estratégia eficaz para promover o acesso a alimentos frescos e saudáveis.

Em resumo, enfrentar a insegurança alimentar na terceira idade requer uma abordagem integrada que aborde suas diversas causas e consequências. Ao trabalharmos juntos para enfrentar esse desafio, podemos garantir que os idosos tenham acesso a uma alimentação de qualidade e melhorem sua saúde e bem-estar geral.

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