CID M525 aposenta? Essa é uma dúvida comum entre pessoas que convivem com dores nas costas frequentes, principalmente quando essas dores começam a comprometer a qualidade de vida e a capacidade de trabalhar. Antes de mais nada, é importante entender o que esse código significa e em que situações ele pode levar à concessão de um benefício do INSS.
A sigla CID vem de “Classificação Internacional de Doenças”, e o código M52.5 se refere à dor discogênica, ou seja, aquela causada por alterações nos discos intervertebrais da coluna.
Esse problema pode surgir por diversos motivos, como esforço físico repetitivo, má postura ou até mesmo predisposição genética. Mas o fato de ter esse diagnóstico não significa, automaticamente, que a pessoa vai se aposentar.
Neste artigo, vamos explicar de forma bem simples o que é essa condição, em que situações o CID M525 aposenta, e como funciona o processo para quem precisa pedir algum tipo de benefício junto ao INSS.
O que é o CID M525 e como ele afeta a vida do trabalhador?
O CID M525 está ligado a problemas nos discos da coluna, que funcionam como “amortecedores” entre as vértebras. Quando eles se desgastam ou se deslocam, a dor pode ser intensa e até incapacitante. Isso pode dificultar atividades do dia a dia, como ficar sentado por muito tempo, carregar peso ou até mesmo caminhar.
Em alguns casos, o tratamento com fisioterapia, remédios ou até cirurgia ajuda bastante. Mas quando não há melhora e a condição passa a limitar seriamente o trabalho, surge a dúvida: CID M525 aposenta mesmo?
A resposta é: depende. A aposentadoria não vem automaticamente com o diagnóstico. É preciso passar por avaliação médica e comprovar que a condição realmente impede o exercício da profissão.
Quando o CID M525 pode levar à aposentadoria?
O INSS oferece dois caminhos principais para quem não consegue mais trabalhar por causa de uma condição de saúde:
- Auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária): indicado quando o problema ainda tem chance de melhora, mas exige afastamento por um tempo;
- Aposentadoria por invalidez (benefício por incapacidade permanente): concedida quando não há expectativa de retorno ao trabalho, mesmo com tratamentos.
Assim, dizer que CID M525 aposenta vai depender do grau da doença, da profissão exercida e de como a limitação impacta a rotina de trabalho.
Uma pessoa que precisa ficar em pé por horas ou levantar peso, por exemplo, pode ter mais dificuldade de continuar atuando com esse diagnóstico do que alguém com atividades mais leves.

Quais documentos são necessários para solicitar o benefício?
Antes de solicitar o benefício no INSS, é importante reunir os documentos que comprovam a condição de saúde. Isso inclui:
- Laudos médicos atualizados com o CID M525;
- Exames de imagem (como ressonância magnética ou tomografia);
- Receituários e relatórios de tratamentos realizados;
- Comprovante de afastamentos anteriores, se houver;
- Descrição das atividades profissionais e como a dor interfere no desempenho.
Ter um histórico bem documentado aumenta as chances de sucesso no pedido. Vale lembrar que o INSS realiza uma perícia médica obrigatória, então é ela quem vai determinar se o CID M525 aposenta ou se o caso ainda permite tratamento e retorno ao trabalho.
Como funciona o processo de solicitação?
O pedido pode ser feito de forma online, pelo aplicativo ou site do Meu INSS. Depois de cadastrar o pedido, o sistema vai agendar uma perícia médica presencial. Nesse momento, é fundamental apresentar todos os documentos citados.
O perito do INSS avaliará se a pessoa está temporariamente ou permanentemente incapaz para o trabalho. Caso a incapacidade seja considerada permanente, pode-se obter a aposentadoria por invalidez.
Mas atenção: CID M525 aposenta apenas quando essa incapacidade fica comprovada. Se o laudo não for claro ou estiver desatualizado, o pedido pode ser negado. Por isso, contar com acompanhamento médico regular e, se possível, orientação jurídica especializada, faz toda a diferença.
E se o benefício for negado?
Nem todo pedido é aceito logo de primeira. Se o INSS negar o benefício mesmo com documentação, ainda há alternativas. A pessoa pode:
- Solicitar uma nova perícia, com mais exames ou laudos;
- Entrar com recurso administrativo dentro do próprio INSS;
- Levar o caso à Justiça, com acompanhamento de um advogado.
É importante lembrar que o fato de um pedido ter sido negado não significa que a pessoa não tem direito. Às vezes, é apenas uma questão de documentação incompleta ou falta de clareza nos laudos.
Muitas pessoas que não sabiam se o CID M525 aposenta, mas insistiram e reuniram mais provas, conseguiram o benefício depois de uma segunda tentativa ou via judicial.

Então, esse CID aposenta mesmo?
Então, voltando à pergunta inicial: CID M525 aposenta? Sim, pode aposentar, desde que fique comprovado que a dor causada pela discopatia realmente impede o trabalho de forma definitiva.
O diagnóstico é apenas o primeiro passo. O restante do processo depende de documentação, perícia e, em alguns casos, até de um bom apoio jurídico.
Para quem está sofrendo com esse tipo de dor e já tentou de tudo sem sucesso, saber que existe essa possibilidade traz um alívio. E entender como o processo funciona ajuda a evitar frustrações e tomar decisões mais seguras.