Nos últimos anos, os bancos digitais têm ganhado espaço no mercado financeiro brasileiro. Sem agências físicas e com promessas de tarifas menores, essas instituições atraem cada vez mais clientes em busca de praticidade e economia. Mas será que bancos digitais são realmente seguros? E como funcionam em termos de atendimento e proteção ao cliente? Veja as principais vantagens e desafios dessa modalidade bancária.
Segurança financeira em bancos digitais
A segurança é uma das principais preocupações dos usuários de bancos digitais. Nesse contexto, é fundamental entender o papel do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), um mecanismo regulado pelo Banco Central que protege os correntistas em caso de falência da instituição financeira. O FGC garante até R$ 250 mil por titular em cada banco, com um limite de R$ 1 milhão por investidor.
No entanto, nem todas as fintechs – como são chamadas as startups financeiras – possuem essa proteção. É importante verificar, no site do FGC, se o banco digital escolhido é associado ao fundo. Essa informação pode ser decisiva para quem busca mais segurança ao investir seu dinheiro.
Níveis de segurança tecnológica em bancos digitais
Além da proteção financeira, os bancos digitais possuem sistemas tecnológicos avançados para garantir a segurança das operações. Segundo especialistas, os riscos operacionais, como transferências e saques, são similares aos dos bancos tradicionais. Os sistemas costumam ser atualizados com mais frequência, o que aumenta a eficiência e reduz vulnerabilidades.
Por outro lado, o atendimento digital ainda apresenta desafios, como uma certa lentidão nas respostas, o que pode gerar frustração em alguns usuários. Com a evolução da inteligência artificial, espera-se que esses sistemas melhorem nos próximos anos.
Principais vantagens dos bancos digitais: praticidade e economia
Entre as vantagens mais conhecidas dos bancos digitais estão a isenção de taxas e a desburocratização dos processos. A abertura de uma conta digital, por exemplo, pode ser feita em poucos minutos, diretamente pelo celular, sem a necessidade de comparecer a uma agência física. Essa facilidade atrai usuários que buscam agilidade nas operações financeiras.
Além disso, as fintechs oferecem serviços diferenciados, como contas que rendem automaticamente, sem a necessidade de aplicações específicas. No entanto, as opções de investimento disponíveis nos bancos digitais não diferem muito das oferecidas pelos bancos convencionais, sendo importante prestar atenção nas taxas de administração cobradas.
Restrição de atendimento presencial nos bancos digitais
Um ponto que ainda levanta dúvidas é a ausência de atendimento presencial nos bancos digitais. O suporte é restrito a canais digitais, como chats e aplicativos, o que pode ser uma barreira para quem está acostumado a lidar diretamente com gerentes em agências. Apesar disso, a concorrência forçou os bancos tradicionais a modernizarem seus serviços, oferecendo canais de atendimento por mensagens e facilitando o acesso digital.
Em relação aos saques, o Banco Central tem solicitado a integração dos bancos digitais à rede de caixas eletrônicos. No entanto, os custos dessas operações podem variar, já que essas instituições não são associadas à Rede TecBan, responsável pelo Banco 24 Horas.
A adesão de pessoas mais velhas aos bancos digitais
Uma preocupação comum é se os bancos digitais são acessíveis para pessoas mais velhas, que não cresceram em meio à tecnologia. Especialistas afirmam que sim. A popularização das redes sociais já quebrou muitas barreiras digitais, e, com o tempo, o uso de aplicativos bancários tende a se tornar mais intuitivo para todas as idades.
Para quem está começando, a recomendação é explorar primeiro funções simples, como a verificação de extratos, antes de realizar transações financeiras. Caso necessário, é válido pedir ajuda a familiares para a instalação do aplicativo e os primeiros passos.