Os termos “profissional liberal” e “profissional autônomo” são frequentemente confundidos, o que gera dúvidas em muitas pessoas sobre as características e as responsabilidades associadas a cada categoria. Embora pareçam similares, existem distinções importantes entre esses dois tipos de profissionais, e compreender essas diferenças é essencial para quem atua ou pretende atuar nessas áreas.
Profissional liberal
O profissional liberal é caracterizado por possuir formação específica em uma área de atuação. Muitas vezes, essa formação exige o registro em uma entidade de classe ou conselho, como o Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, no caso dos arquitetos, ou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no caso dos advogados. Além da exigência de formação, esses profissionais podem exercer suas atividades de diferentes formas, seja como empregados registrados ou como prestadores de serviços autônomos.
Quando o profissional liberal opta por atuar de forma autônoma, ele tem a flexibilidade de prestar serviços tanto para pessoas físicas quanto para empresas, mas precisa arcar com algumas responsabilidades financeiras. Entre elas, estão o recolhimento de tributos como o Imposto de Renda (IR) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além das taxas de conselhos profissionais e sindicatos, quando aplicáveis. Profissões como a de dentista, médico e contabilista também se enquadram nessa categoria, reforçando a amplitude das áreas de atuação dos profissionais liberais.
Profissional autônomo
Por outro lado, o profissional autônomo não necessita de formação específica nem está submetido a regulamentações de classe para o exercício de sua profissão. Ele pode trabalhar de forma independente em atividades variadas, como pintores, eletricistas e vendedores. No entanto, é importante destacar que um profissional liberal também pode atuar de maneira autônoma, sem vínculos empregatícios e sem os benefícios de um contrato formal, como férias remuneradas ou décimo terceiro salário.
A principal diferença entre os dois tipos de profissionais reside, portanto, na exigência ou não de formação específica e regulamentação profissional. Enquanto o liberal precisa de uma formação formal e, em muitos casos, de uma certificação, o autônomo pode desempenhar suas funções sem essas exigências.
Planejamento financeiro
Ambos os profissionais, contudo, compartilham um ponto em comum: a necessidade de planejamento financeiro. A ausência de um vínculo empregatício formal significa que tanto o profissional liberal quanto o autônomo não têm garantias de estabilidade, o que pode gerar incertezas quanto à regularidade da renda. Assim, o planejamento se torna fundamental para evitar complicações financeiras.
Entre as medidas recomendadas, destaca-se a formação de uma reserva de emergência. Esse fundo financeiro funciona como uma segurança em momentos de instabilidade, permitindo que o profissional mantenha suas contas em dia, mesmo que ocorra a perda de trabalho inesperada. Além disso, é aconselhável que os profissionais considerem outras formas de proteção, como seguros de vida e produtos voltados à aposentadoria, que podem oferecer cobertura em caso de imprevistos, como acidentes pessoais e hospitalizações.