Brasil não devolve impostos na forma de serviços à população

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Estudo do IBPT revela que, apesar da alta carga tributária no Brasil, o retorno em Bem-Estar à Sociedade é o pior, evidenciando falta de eficácia na aplicação dos recursos. Irlanda lidera pelo quinto ano consecutivo o melhor retorno de impostos à população.

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação realizou um estudo para mensurar o retorno dos impostos no que diz respeito ao  Bem Estar à Sociedade. A equação incluiu a carga tributaria aplicada, o PIB e o IDH.

Os recursos arrecadados deveriam suprir de maneira eficaz a qualidade de vida dos brasileiros, no entanto o Brasil ficou em ultimo lugar quando se trata de devolver o investimento aos contribuintes.

A aplicação de recursos em investimentos deveriam ser usadas para melhorar aspectos essenciais como saúde, educação e politicas públicas, mas, o que se vê são cortes em áreas essenciais para o desenvolvimento humano, e consequentemente uma piora das condições de vida.

Pelo quinto ano consecutivo, a Irlanda vem liderando o ranking de retorno ao bem-estar social, seguida por Suíça, Austrália e Estados Unidos.

João Eloi, presidente do IBPT, afirma que o Brasil participa do estudo há 12 anos e ainda se mantém na posição de maior carga tributária com um retorno péssimo.

Investimentos de impostos nos estados

Quando falamos de estados, o desequilíbrio no recolhimento de impostos também é latente. Enquanto o Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro têm o maior retorno de investimento, estados como Bahia, Maranhão, Alagoas e Amazonas estão com os piores índices de retorno.

De acordo com Elói, os estados do Sul e Sudeste saem em disparada pois contam com grande concentração de industrias, comércios e prestação de serviços. É inegável que tal cenário atraia mão de obra especializada e uma demanda populacional ansiosa por uma melhor qualidade de vida.

João critica os antigos parâmetros de distribuição de impostos instaurados lá em 1988. Segundo ele, de lá pra cá houve um envelhecimento da população, o que demanda mais orçamento para cuidados com a saúde, por exemplo.

A esperança é de que a Reforma Tributária mude essa situação, já que a arrecadação se deslocará par ao destino onde o contribuinte reside, mas caberá ao cidadão exigir dos seus governantes uma boa gestão do recursos.

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