Como incluir tempo de trabalho informal no INSS?

Como incluir tempo de trabalho informal no INSS?

tempo de trabalho informal

Você sabia que o tempo de trabalho informal pode, sim, ser reconhecido pelo INSS, e isso faz toda a diferença para quem está prestes a se aposentar? Muita gente acha que, por não ter carteira assinada na época, esse período foi perdido. 

Mas a verdade é que ele pode ser aproveitado, desde que você consiga comprovar de forma correta. Logo, neste guia, vamos explicar como funciona esse processo, quais documentos são aceitos e o que fazer. Vem conosco!

O que é o tempo de trabalho informal?

A gente chama de tempo de trabalho informal todo aquele período em que a pessoa exerceu uma atividade remunerada, mas sem ter o vínculo formal, ou seja, sem a carteira assinada. Isso é muito comum em trabalhos domésticos, atividades rurais, serviços por conta própria ou até em funções temporárias.

Apesar de não ter o registro em carteira, esse tipo de trabalho gerou renda e pode, com os devidos documentos, ser usado para contar tempo no INSS.

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Posso mesmo usar esse tempo para me aposentar?

Sim, pode! O tempo de trabalho informal pode ser validado desde que o segurado comprove que realmente exerceu aquela atividade e que ela tinha caráter habitual e remunerado. 

A Justiça entende que, mesmo sem o registro formal, o trabalho existiu e, por isso, precisa ser reconhecido.

Claro que o processo exige atenção e paciência, porque é necessário reunir provas. Mas o resultado compensa: você pode antecipar a aposentadoria ou melhorar o valor do benefício.

Quais documentos posso usar como prova?

Essa é uma das partes mais importantes. Para que o INSS reconheça o tempo de trabalho informal, é preciso apresentar provas que demonstrem claramente a atividade. Os documentos mais aceitos são:

  • Declarações de pessoas que trabalharam com você (testemunhas);
  • Notas fiscais emitidas em seu nome;
  • Recibos de pagamento ou prestação de serviços;
  • Comprovantes de endereço relacionados ao local do trabalho;
  • Fotos, contratos antigos, ou até anúncios antigos que mostram sua atuação;
  • Guias de recolhimento (caso tenha contribuído por conta própria em algum momento).

No caso de trabalho rural ou doméstico, há uma flexibilidade maior, e a palavra das testemunhas costuma ter um peso relevante no processo.

Como dar entrada no pedido de reconhecimento?

Para incluir o tempo de trabalho informal no INSS, você precisa fazer um processo chamado “justificação administrativa” ou, em alguns casos, entrar com um pedido judicial. O ideal é:

  1. Acessar o portal Meu INSS e iniciar o pedido de “Aposentadoria por Tempo de Contribuição” (ou outro benefício, dependendo do caso);
  2. Juntar todos os documentos que comprovem o trabalho informal;
  3. Aguardar a análise do INSS. Se houver indeferimento, é possível recorrer ou ir à Justiça.

Em muitos casos, contar com a ajuda de um profissional pode facilitar o processo e evitar erros na hora de apresentar a documentação.

Quanto tempo o INSS leva para analisar?

O tempo pode variar bastante, dependendo da fila de atendimentos e da complexidade do seu caso. Em média, o INSS leva de 30 a 90 dias para dar uma resposta. Mas se for necessário ouvir testemunhas, o processo pode se estender um pouco mais.

Ainda assim, o reconhecimento do tempo de trabalho informal costuma valer o esforço, principalmente quando ele adianta sua aposentadoria ou garante um benefício melhor.

E se o INSS negar?

Se o pedido for negado, não significa que o tempo de trabalho informal está perdido. Você ainda pode recorrer dentro do próprio INSS ou entrar com uma ação judicial. 

Muitas decisões favoráveis aos trabalhadores são conquistadas na Justiça, principalmente quando há testemunhas e documentos sólidos.

Importante: não desanime se a primeira tentativa não der certo. O segredo está na persistência e na organização das provas.

Tem diferença para quem trabalhou antes de 1991?

Sim! Antes de julho de 1991, não era obrigatório contribuir como autônomo para que o tempo fosse reconhecido. Ou seja, se você trabalhou por conta própria antes dessa data, basta comprovar a atividade, não é necessário apresentar guias de recolhimento.

Isso facilita bastante para quem exerceu profissões informais décadas atrás. Mesmo assim, é essencial provar que o tempo de trabalho informal realmente existiu.

Por que vale a pena correr atrás disso?

Porque esse tempo pode ser decisivo na sua aposentadoria. Às vezes, são dois ou três anos que faltam, e eles estão justamente naquele período que você trabalhou sem registro. Com isso, você pode antecipar sua aposentadoria ou evitar uma redução no valor do benefício.

Além disso, o reconhecimento do tempo de trabalho informal também pode ajudar em revisões, pensões e outros direitos ligados ao INSS.

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Organize tudo com calma

Se você acredita que tem tempo de trabalho informal a ser reconhecido, comece agora mesmo a reunir documentos, procurar registros antigos e conversar com pessoas que possam ser testemunhas. Tudo isso pode te ajudar a garantir um futuro mais tranquilo.

Não existe um modelo único de prova. O importante é que os documentos formem um conjunto que comprove, com clareza, que aquele trabalho foi real e remunerado. Com atenção e paciência, você consegue transformar esse tempo em direito garantido.

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