Revisão do artigo 29: quem tem direito e como solicitar

Revisão do artigo 29: quem tem direito e como solicitar

Revisão do artigo 29

A revisão do artigo 29 é um direito que pode passar despercebido por muita gente, mas que faz toda a diferença no valor dos benefícios pagos pelo INSS. 

Se você recebe aposentadoria por invalidez, auxílio-doença ou pensão por morte e teve o benefício concedido entre 2002 e 2009, vale a pena prestar atenção. Pode ser que você tenha direito a um pagamento complementar sem precisar entrar com processo judicial.

Muita gente nem imagina que teve o benefício calculado de forma errada durante esse período. Isso aconteceu porque o INSS, naquela época, usou uma média diferente da prevista em lei. E é justamente aí que entra a revisão do artigo 29: ela corrige esse erro e garante ao segurado o valor correto.

Por que a revisão do artigo 29 foi criada?

Durante os anos de 2002 a 2009, o INSS deixou de aplicar corretamente a regra que determina o cálculo da média salarial dos benefícios por incapacidade. 

A legislação dizia que essa média deveria excluir os 20% menores salários de contribuição, o que deixaria o valor final mais alto e mais justo.

Mas o que aconteceu na prática foi o contrário: o cálculo foi feito incluindo todos os salários, mesmo os mais baixos. Isso prejudicou diretamente quem tinha períodos de baixa remuneração registrados.

A revisão do artigo 29 veio justamente para corrigir essa distorção e devolver aos segurados o que é de direito.

Quem pode receber a revisão do artigo 29?

Essa é a parte mais importante para quem está lendo com atenção. Tem direito à revisão do artigo 29 quem recebeu benefícios por incapacidade (como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez) ou pensão por morte concedidos com base nesses benefícios, entre 17 de abril de 2002 e 29 de outubro de 2009.

Além disso, é preciso que o benefício tenha sido calculado com base na média dos 80% maiores salários, sem a exclusão dos 20% menores, como previa o artigo 29, inciso II da Lei 8.213/91.

Essa falha foi reconhecida pelo próprio INSS em 2012, e desde então, muitos pagamentos começaram a ser feitos automaticamente.

Mas atenção: mesmo que o INSS tenha feito parte dos pagamentos de forma programada, nem todo mundo recebeu. E é aí que pode ser necessário fazer um pedido direto ao órgão para garantir a revisão do artigo 29.

Como saber se você tem valores a receber?

Uma forma prática de verificar isso é consultando a sua carta de concessão e o extrato de pagamento no site ou aplicativo Meu INSS. Em alguns casos, a revisão do artigo 29 já aparece lá como crédito programado. Em outros, será necessário entrar em contato com o INSS ou agendar um atendimento.

Outra alternativa segura é buscar a ajuda de um profissional que entenda do assunto. Isso pode ser especialmente útil para quem tem dificuldade em entender os cálculos, conferir datas ou interpretar os documentos do INSS.

Revisão do artigo 29

Mesmo com as revisões feitas em lotes, o processo ainda gera dúvidas. Por isso, vale lembrar que a revisão do artigo 29 não é algo automático para todo mundo. Em alguns casos, é preciso solicitar formalmente.

Como solicitar a revisão do artigo 29?

Se você desconfia que tem direito, o primeiro passo é reunir os documentos relacionados ao seu benefício. Tenha em mãos:

  • Número do benefício
  • Documentos pessoais
  • Carta de concessão
  • Extratos de pagamento
  • Histórico de contribuições (CNIS)

Com tudo isso organizado, você pode solicitar a revisão do artigo 29 direto pelo site ou aplicativo do Meu INSS. Basta acessar a opção “Agendamentos/Solicitações”, escolher “Revisão” e, na sequência, selecionar o motivo relacionado ao artigo 29.

É importante descrever o motivo da solicitação de forma clara, mencionando que deseja a revisão com base no erro de cálculo da média salarial, incluindo os 20% menores salários indevidamente.

Depois disso, é só acompanhar o andamento do pedido pelo próprio aplicativo ou site. O prazo para resposta costuma variar, mas o sistema avisa assim que houver uma atualização.

E se o pedido for negado?

Mesmo que o INSS negue o pedido, isso não significa o fim da linha. Ainda é possível recorrer administrativamente ou até entrar com uma ação judicial. Em muitos casos, a Justiça reconhece o direito dos segurados quando fica comprovado que houve erro no cálculo.

Mais uma vez, contar com um especialista pode ser essencial nessa etapa. Um advogado ou um defensor público pode analisar o seu caso e orientar sobre o melhor caminho a seguir.

A revisão do artigo 29 não é uma “vantagem extra”, mas sim uma correção justa para um erro que durou anos. Portanto, se você se encaixa nas condições, é seu direito correr atrás.

Qual o valor que pode ser pago?

Isso varia muito de pessoa para pessoa. Em alguns casos, a revisão do artigo 29 pode resultar em valores significativos acumulados, além de um reajuste no valor do benefício que ainda está ativo.

Revisão do artigo 29

Quem já teve o benefício encerrado também pode receber, desde que o pagamento retroativo esteja dentro do prazo legal de revisão, que é de 10 anos a partir da concessão ou da ciência do erro.

Vale a pena correr atrás da revisão?

Com certeza. Ainda que o processo pareça burocrático no início, saber que você pode receber valores que são seus por direito é um bom incentivo para não deixar isso de lado. 

A revisão do artigo 29 é um exemplo claro de como estar informado pode impactar diretamente a vida financeira de quem depende do INSS.

Se você leu até aqui e identificou alguma semelhança com o seu caso, aproveite o momento para conferir seus documentos e fazer sua consulta. Às vezes, um simples pedido pode mudar o valor do seu benefício, e até mesmo corrigir anos de prejuízo.

Receba nossas notícias em seu e-mail. Cadastre-se agora em nossa newsletter.
plugins premium WordPress