CID perda auditiva: direitos previdenciários para quem possui

CID perda auditiva: direitos previdenciários para quem possui

CID perda auditiva

CID perda auditiva é um termo que carrega consigo uma realidade de desafios diários. Quem vive com a diminuição da capacidade de ouvir sabe que a condição afeta o trabalho, a segurança e o convívio social.

Se você recebeu esse diagnóstico, saiba que a sua dificuldade é reconhecida pela lei. Não se trata apenas de um problema médico, mas de uma condição que gera direitos específicos para proteger o seu futuro e a sua dignidade profissional. Vamos entender melhor!

CID perda auditiva: o que o médico quer dizer com esses códigos?

Quando você sai do consultório com um papel cheio de letras e números, é normal ficar confuso. O termo perda auditiva CID refere-se ao código da Classificação Internacional de Doenças que identifica o seu problema específico.

Esse código é a língua que o INSS entende. Ele diz ao perito se o seu problema é leve, moderado ou profundo, e qual parte do ouvido foi afetada. Sem esse código escrito corretamente no laudo, o INSS não consegue avaliar a gravidade da sua situação.

A diferença entre um ouvido e dois ouvidos

Para o INSS, existe uma diferença gigante na avaliação. O código para CID perda auditiva bilateral (nos dois ouvidos) tem muito mais peso do que a perda em apenas um lado (unilateral).

Isso acontece porque perder a audição dos dois lados dificulta muito mais a comunicação e a localização de sons. É por isso que a CID perda auditiva bilateral é a que mais gera direitos a benefícios e aposentadorias especiais, pois a barreira para o trabalho é considerada maior.

CID perda auditiva

Aposentadoria

Muitas pessoas acham que só podem se aposentar se estiverem totalmente surdas. Isso não é verdade. Se você tem uma CID perda auditiva de grau moderado a severo, você pode se enquadrar na Aposentadoria da Pessoa com Deficiência.

Essa regra é maravilhosa porque ela reduz o tempo de contribuição necessário. Homens e mulheres podem se aposentar anos antes do tempo normal, dependendo do grau da deficiência auditiva. É um reconhecimento do esforço extra que você fez para trabalhar mesmo com a dificuldade.

Auxílio-doença

Se a sua perda de audição aconteceu de repente, por causa de uma infecção, um trauma ou um acidente de trabalho, você pode precisar de tempo para tratar. Nesses casos agudos, a CID perda auditiva garante o auxílio por incapacidade temporária.

Esse benefício serve para pagar suas contas enquanto você faz o tratamento médico, usa medicamentos ou se adapta ao uso de aparelhos auditivos. O objetivo é que você possa recuperar sua saúde ou estabilizar o quadro antes de voltar à ativa.

O detalhe técnico: neurossensorial ou condutiva?

Você vai ouvir falar de termos difíceis, como CID perda auditiva neurossensorial bilateral. Não se assuste. “Neurossensorial” significa apenas que o problema está no nervo da audição ou nas células sensoriais, e não no canal do ouvido.

Geralmente, esse tipo de perda é permanente e não se resolve com cirurgia, apenas com aparelhos. Para o INSS, esse detalhe é importante porque mostra que a sua condição é crônica e definitiva, o que fortalece o pedido de aposentadoria ou benefício assistencial.

BPC/LOAS: o amparo para quem não tem renda

Se a surdez impediu você de estudar e conseguir um emprego formal, e hoje sua família passa por dificuldades financeiras, existe o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Nesse caso, a CID perda auditiva é avaliada não apenas como uma doença, mas como uma deficiência que gera barreiras sociais. Se provar a pobreza e a surdez na perícia, você tem direito a um salário mínimo mensal, mesmo sem nunca ter pago o INSS.

A importância do código H90

Dentro do universo dos códigos, existe um grupo muito específico que os médicos usam com frequência. Estamos falando do CID h90, que engloba diversos tipos de perda de audição.

Ter esse código específico no laudo ajuda a padronizar o atendimento no INSS. Ele é o sinal claro para o perito de que estamos lidando com uma questão sensorial séria, que exige uma avaliação baseada não só na medicina, mas na funcionalidade do trabalhador.

Como acompanhar o seu pedido no INSS?

Depois de reunir seus exames e dar entrada no pedido, a ansiedade toma conta. Para saber se deu tudo certo, você precisa aprender a consultar um beneficio do INSS.

Hoje, tudo é feito pelo aplicativo “Meu INSS”. Você usa seu CPF e senha para ver se a perícia já foi agendada, se o resultado saiu ou se o pagamento foi liberado. Ficar de olho no sistema é a melhor forma de não perder prazos importantes.

CID perda auditiva

O exame que não pode faltar: a audiometria

Para provar qualquer CID para perda auditiva, o atestado médico não basta. A prova rainha é a audiometria. Esse exame é o gráfico que mostra exatamente o quanto você ouve (ou não ouve) em cada frequência.

O perito do INSS vai olhar direto para esse gráfico. Por isso, certifique-se de que sua audiometria é recente (menos de 6 meses) e foi feita por um fonoaudiólogo ou médico de confiança.

E se o INSS negar o meu direito?

Infelizmente, é comum que o INSS negue o benefício na primeira tentativa, dizendo que a perda não é grave o suficiente. Se isso acontecer, não aceite como o fim da linha.

Você tem o direito de recorrer. Nesse momento, fazer uma recurso INSS consulta para acompanhar sua defesa é essencial. O recurso permite que outro médico analise seu caso com mais calma.

Se a burocracia parecer um labirinto sem saída, ou se o INSS insistir em negar a gravidade da sua CID perda auditiva, a ajuda de um profissional é o melhor investimento. Um advogado que entende de previdência saberá orientá-lo da melhor forma.

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