Abaulamento Discal: Auxílio-Doença, Aposentadoria por Invalidez e a Prova da Incapacidade no INSS

Abaulamento Discal: Auxílio-Doença, Aposentadoria por Invalidez e a Prova da Incapacidade no INSS

Abaulamento discal

Abaulamento discal é o diagnóstico que aparece no exame e confirma o motivo daquela dor nas costas que não te deixa dormir. Quando a coluna grita, a vida para. E nessa hora, a preocupação financeira bate forte na porta de quem depende do próprio corpo para ganhar o pão.

Muitas pessoas acham que ter esse problema na coluna é sentença de fim de carreira, enquanto outras acreditam que o INSS nunca vai pagar nada por uma “dor nas costas”. A verdade está no meio do caminho. 

Traduzindo o abaulamento discal

O primeiro passo é entender a gravidade do seu caso. Muita gente pesquisa o que é abaulamento discal e fica confusa. 

Pense na sua coluna como uma pilha de ossos com amortecedores de gel entre eles. Com o tempo e o esforço, esse amortecedor “amassa” e estufa para os lados.

Isso é o abaulamento discal. Ele ainda não estourou (o que seria a hérnia), mas já está deformado. O problema é que esse “inchaço” do disco pode encostar nos nervos. E é aí que mora o perigo e a dor insuportável.

No seu exame, pode aparecer o termo abaulamento discal difuso. Isso é muito comum em quem já passou dos 50 anos. Significa que o desgaste é geral, espalhado. 

O perito do INSS sabe que isso é “coisa da idade”, então, para esse tipo, a sua prova de dor precisa ser muito mais forte do que o normal.

Abaulamento discal

A localização da dor muda tudo

Nem todo abaulamento discal é igual aos olhos do INSS. A região onde ele acontece define se você vai conseguir o benefício fácil ou difícil.

O tipo mais “famoso” nos afastamentos é o abaulamento discal l4 l5. Essa sopa de letrinhas indica que o problema é no finalzinho da coluna, na região lombar. É exatamente ali que a gente faz a alavanca para levantar peso.

Se você é pedreiro, motorista, faxineira ou cuidadora de idosos e tem o problema nessa região L4-L5, o INSS tende a ser mais compreensivo.

Por quê? Porque é impossível exercer essas profissões com a “dobradiça” das costas quebrada. A relação entre a doença e o seu trabalho é óbvia.

O que você pode receber?

Aqui é onde muita gente erra. Não adianta chegar pedindo aposentadoria direto se você nunca se afastou. O sistema funciona em degraus.

Primeiro vem o Auxílio por Incapacidade Temporária (o antigo auxílio-doença). Ele serve para as crises. Sabe quando a coluna trava e você não levanta da cama? O abaulamento discal gera esse direito. Você fica encostado, faz fisioterapia, toma remédio e tenta voltar.

E a aposentadoria? O tema abaulamento discal aposentadoria é complexo. Ela só vem quando o tratamento não funciona mais. Se você já operou, já fez meses de fisioterapia e a dor continua impedindo qualquer esforço, aí sim o benefício pode virar permanente (invalidez).

Mas atenção: é diferente de casos como alienação mental, onde a gravidade é presumida e a isenção de carência é automática. Na coluna, você tem que provar dia após dia que a dor física te impede de ganhar a vida.

O segredo da aprovação: a Prova de Ouro

Abaulamento discal

O perito do INSS não sente a sua dor. Ele só vê papéis. Por isso, o maior erro é chegar lá só com um atestado simples dizendo “dor lombar”. Isso o perito nega na hora. Para que o seu abaulamento discal garanta o benefício, você precisa montar um “dossiê”:

  1. Ressonância Magnética: Esqueça o Raio-X. Ele vê osso, não vê disco. A Ressonância é a foto em alta definição do seu problema.
  2. Relatório Funcional: Peça ao seu médico para não escrever só o nome da doença. Ele tem que escrever o que você não faz. Exemplo: “Impossibilitado de realizar flexão da coluna”, “perda de força na perna direita”, “não consegue permanecer sentado por mais de 30 minutos”.
  3. A “Farmácia” em casa: Guarde as receitas e as notas fiscais dos remédios. Quem toma remédio tarja preta ou anti-inflamatório caro todo mês não está mentindo. Isso mostra que a dor é crônica.

Dica final para o dia da perícia

Quando você entrar na sala do perito por causa do abaulamento discal, seja honesto. Não tente fazer teatro. Se você consegue amarrar o sapato, amarre. Se não consegue, peça ajuda.

O perito é treinado para pegar mentiras. Se você diz que não mexe a coluna, mas senta na maca num pulo, ele vai negar. A sua dor é real, deixe que ela apareça nos seus movimentos naturais, na sua dificuldade de levantar e nos seus exames.

O abaulamento discal é uma condição séria que merece total atenção. Com os exames certos (Ressonância), o laudo detalhado e a comprovação de que seu trabalho exige esforço físico, suas chances de conseguir o amparo do INSS aumentam muito. Cuide da sua coluna e busque seus direitos, se precisar conte com um advogado.

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