O salário-mínimo 2026 será de R$ 1.621, o governo confirmou um aumento de R$ 103 em relação ao valor de 2025 (R$ 1.518).
Esse reajuste representa um crescimento total de 6,79%, resultado da soma da inflação e das regras do novo arcabouço fiscal.
Para quem já recebe benefício do INSS — ou vai pedir aposentadoria em 2026 — esta é uma informação essencial. Mas antes de entender o impacto prático, vamos ao que mudou e por quê.
Como o Governo Chegou ao Novo Valor do salário mínimo de R$ 1.621?
O salário-mínimo é reajustado com base em dois fatores:
1. Inflação medida pelo INPC: 4,18% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado exclusivamente para corrigir o salário-mínimo, fechou novembro em 0,03% e acumulou 4,18% nos últimos 12 meses.
Esse índice mede a inflação para famílias que ganham até cinco salários-mínimos, justamente quem mais sente o peso do preço dos alimentos.
Por isso ele é tão importante: o salário-mínimo precisa acompanhar o custo de vida real das famílias mais vulneráveis.
2. Crescimento da economia em 2024: 3,4%, mas com limite no ganho acima da inflação
A regra atual determina que o salário-mínimo também receba um percentual ligado ao crescimento do PIB de dois anos antes.
Como o PIB de 2024 cresceu 3,4%, seria natural esperar um aumento maior.
Mas o arcabouço fiscal limita esse ganho entre 0,6% e 2,5%.
Resultado: o reajuste total ficou em 6,79%, fechando o valor final em R$ 1.621 após arredondamento previsto em lei.
O Que Muda Para Quem Recebe Benefícios do INSS?
O salário-mínimo é a base de cálculo de milhares de benefícios previdenciários e assistenciais. Entender esse reajuste é fundamental para quem está próximo de se aposentar ou já recebe benefício.
Aposentadoria e BPC: nenhum benefício pode ser inferior ao novo mínimo
Se você recebe aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte ou BPC, seu benefício não pode ser menor que R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026.
Isso significa:
- Quem hoje recebe R$ 1.518 passará automaticamente para R$ 1.621.
- O BPC/LOAS, pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, também sobe para esse valor.
Esse reajuste pressiona as contas públicas, pois milhões de benefícios são calculados tendo o mínimo como referência.
Teto do INSS e salários acima do mínimo: reajuste só em fevereiro
Quanto ao teto do INSS e o reajuste para quem ganha mais de um salário-mínimo, o advogado especialista em previdência Hilário Bocchi Junior, do Bocchi Advogados Associados, esclareceu que “enquanto o salário-mínimo usa o INPC acumulado até novembro, o teto do INSS e benefícios acima do mínimo são reajustados somente após o INPC fechado em dezembro, logo o novo teto e o reajuste somente será definido no início de 2026.”
Como o Novo Salário-Mínimo Afeta o Seu Planejamento Previdenciário em 2026?
Para quem está prestes a pedir aposentadoria, cada detalhe importa — e o valor do salário-mínimo é um deles.
Contribuir errado em janeiro pode comprometer todo o seu ano previdenciário
Janeiro é o mês em que muita gente erra a contribuição, principalmente MEIs, autônomos e contribuintes facultativos.
Com o novo mínimo:
- A contribuição pelo salário-mínimo passa a ser calculada sobre R$ 1.621.
- Profissionais que planejam contribuir pelo teto ou por valores intermediários precisam atualizar guias, sistemas e parâmetros de cálculo.
Contribuições feitas com valores errados podem ser invalidadas ou gerar diferenças que prejudicam a futura aposentadoria.
Se você nunca fez um planejamento previdenciário, 2026 pode ser o momento decisivo para começar.
Conclusão: mais do que um novo valor, uma oportunidade de revisar sua vida previdenciária
O novo salário-mínimo de 2026 mostra que:
- A economia cresceu, mas o aumento acima da inflação ficou limitado.
- Quem depende do INSS terá um reajuste garantido.
- Quem vai pedir aposentadoria em 2026 precisa ficar atento para não errar as contribuições desde janeiro.
Um pequeno cuidado agora pode significar um benefício maior lá na frente — e evitar dores de cabeça.
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