O número de idosos matriculados em instituições de ensino superior no Brasil apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. De acordo com o Censo de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), atualmente, 51,3 mil pessoas com mais de 60 anos estão matriculadas em universidades brasileiras, sendo 26,6 mil mulheres e 24,7 mil homens. Esse grupo, que busca na educação uma forma de se manter ativo e atualizado, cresceu 56% entre 2012 e 2021
Para muitos adultos, o retorno aos estudos é uma maneira de manter a mente ativa e contribuir para o bem-estar físico e mental. Com mais de 23 milhões de aposentadorias no Brasil, segundo o Sistema Único de Informações de Benefícios (Suibe), o interesse crescente pela educação na terceira idade reflete a busca por qualidade de vida e saúde. Pesquisas demonstram que o aprendizado contínuo pode melhorar a memória, estimular a criatividade e aumentar a concentração, além de ser uma ferramenta eficaz para combater o declínio cognitivo associado ao envelhecimento e até mesmo prevenir doenças como o Alzheimer.
O ensino superior para idosos vai além do aprendizado acadêmico. É um caminho para a promoção de uma longevidade ativa e de qualidade, oferecendo oportunidades para se manter atualizado em temas como saúde, tecnologia ou até mesmo como um desafio pessoal. A educação contínua também proporciona autonomia e maior independência, facilitando a adaptação às mudanças sociais e tecnológicas.
Benefícios de se manter ativo nos estudos
Especialistas apontam que os benefícios do estudo na terceira idade são amplos e vão desde a manutenção das capacidades cognitivas até o fortalecimento dos vínculos sociais. A prática educativa contribui para a inclusão social, ao oferecer um ambiente onde idosos possam interagir com pessoas de diversas faixas etárias, trocar experiências e construir novos laços. Além disso, o contato com o ambiente universitário promove o sentimento de pertencimento e de valorização pessoal.