Reajuste das aposentadorias acima do minimo: quem recebe?

Reajuste das aposentadorias acima do minimo: quem recebe?

reajuste das aposentadorias acima do mínimo

O reajuste das aposentadorias acima do mínimo é um tema que, anualmente, gera muitas dúvidas e expectativas em milhões de segurados do INSS. 

Todos os anos, no mês de janeiro, os benefícios previdenciários são corrigidos, mas a forma como esse cálculo é feito para quem recebe mais de um salário mínimo é diferente da regra aplicada ao piso nacional, o que muitas vezes causa confusão e até frustração.

Este artigo foi criado para explicar de forma clara e objetiva quem tem direito a esse reajuste, como ele é calculado e por que ele não acompanha os mesmos índices de aumento do salário mínimo. 

Compreender essa diferença é o primeiro passo para entender a evolução do valor do seu benefício ao longo do tempo e se planejar financeiramente para o ano. 

Reajuste das aposentadorias acima do mínimo: quem tem direito?

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O debate sobre o reajuste das aposentadorias acima do mínimo é, afinal, uma questão que impacta diretamente o poder de compra de quem contribuiu por uma vida inteira.

A regra do reajuste diferenciado se aplica a todos os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem um benefício com valor superior ao salário mínimo vigente. 

Isso inclui não apenas as aposentadorias por idade ou tempo de contribuição, mas também outros benefícios, como a pensão por morte, o auxílio-acidente e o auxílio-reclusão.

Portanto, se o valor que você recebe mensalmente do INSS é maior que o piso nacional, você faz parte do grupo que tem o benefício corrigido por um índice específico, que não é o mesmo usado para definir o salário mínimo. 

A forma como o reajuste das aposentadorias acima do mínimo é processado está definida em lei e visa, em tese, a reposição do poder de compra perdido para a inflação.

A diferença fundamental nos índices de correção

Aqui está o ponto mais importante para entender o tema. O salário mínimo no Brasil é reajustado com base em uma política de valorização que, além da inflação, pode incluir um percentual de “ganho real”, baseado no crescimento da economia do país (PIB). Isso faz com que, na maioria dos anos, o piso nacional suba acima da inflação.

Já o reajuste das aposentadorias acima do mínimo não segue essa regra. Por lei, esses benefícios devem ser corrigidos com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no ano anterior. 

O INPC é um índice oficial, calculado pelo IBGE, que mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Ou seja, ele serve para repor a inflação, mas não concede um aumento real.

A regra do reajuste pelo INPC vale para todos os tipos de benefício acima do piso nacional, não importa se a pessoa deu entrada na aposentadoria especial, por idade ou por tempo de contribuição. O critério é unicamente o valor recebido.

O efeito de “achatamento” do benefício

Essa diferença entre os índices de correção ao longo dos anos causa um fenômeno conhecido como “achatamento”. Na prática, o valor das aposentadorias acima do mínimo vai perdendo a sua proporção em relação ao salário mínimo.

Imagine um trabalhador que se aposentou há dez anos recebendo o equivalente a três salários mínimos. Como o salário mínimo teve aumentos reais em vários desses anos e o seu benefício foi corrigido apenas pela inflação (INPC), hoje ele provavelmente recebe um valor que corresponde a uma proporção bem menor de salários mínimos. 

Essa é a principal queixa de quem busca informações sobre o reajuste das aposentadorias acima do mínimo, pois a sensação de perda do poder de compra em comparação com o piso é real.

Com o tempo, essa diferença nos reajustes faz com que muitos benefícios fiquem cada vez mais distantes do Teto máximo aposentadoria, mesmo que a pessoa tenha contribuído sobre valores altos a vida toda, aprofundando o efeito de achatamento.

O reajuste em 2025 e o cálculo proporcional

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O reajuste aplicado em janeiro de 2025 teve como base o INPC acumulado de todo o ano de 2024. O percentual definido pelo governo foi aplicado diretamente sobre o valor do benefício que o segurado recebia em dezembro de 2024. 

Esse mesmo percentual de reajuste é aplicado a todos, desde quem ganha um pouco acima do mínimo até quem recebe a Aposentadoria INSS teto. É importante notar que quem começou a receber o benefício ao longo de 2024 não teve o reajuste integral. 

Nesses casos, a correção é feita de forma proporcional. Por exemplo, quem se aposentou em julho de 2024 recebeu um reajuste correspondente à inflação acumulada apenas de julho a dezembro daquele ano, e não do ano inteiro. 

O governo divulga uma tabela com os percentuais de reajuste para cada mês de início do benefício. O correto entendimento do reajuste das aposentadorias acima do mínimo passa também por essa regra de proporcionalidade.

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