O American College of Sports Medicine destaca, em recente relatório, o crescimento do condicionamento físico entre idosos como prática fundamental para manter a saúde física, mental e emocional. No Brasil, os programas voltados à terceira idade lideram entre as atividades recomendadas para esse público, com foco no fortalecimento do autocuidado e na promoção da longevidade e independência.
Com o envelhecimento da população e a maior expectativa de vida, os especialistas da área de saúde enfatizam os benefícios de uma rotina regular de exercícios físicos. A prática, quando supervisionada, contribui para o aumento da massa muscular e da força, melhora a composição corporal e ajuda a controlar o colesterol. Além disso, reduz o impacto do estresse oxidativo, condição que acelera o envelhecimento celular, e combate doenças como diabetes, hipertensão, osteoporose e Alzheimer.
A prática regular de exercícios também combate a sarcopenia, que é a perda de massa muscular natural com a idade, e aprimora o equilíbrio, fundamental para a prevenção de quedas. A atividade física melhora a saúde cardiovascular e respiratória, promovendo a autonomia dos idosos. Em termos psicológicos, atividades em grupo auxiliam no alívio de sintomas de depressão e ansiedade, estimulando a socialização e o bem-estar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que idosos, a partir dos 65 anos, realizem atividades físicas moderadas ao menos três dias por semana, incluindo modalidades aeróbicas, fortalecimento muscular, flexibilidade e equilíbrio. Iniciantes devem começar de forma gradual, com treinos leves que aumentem progressivamente em intensidade e duração, permitindo uma adaptação natural do corpo.
Orientações para um início seguro
Para quem deseja iniciar, é fundamental o acompanhamento de profissionais, que orientam na execução correta dos movimentos, evitando sobrecarga nas articulações. Esse cuidado com a aprendizagem motora inicial possibilita uma prática mais segura e eficaz, com progressão adequada em intensidade e volume à medida que o idoso adquire resistência.
Idosos que já possuem uma rotina ativa podem realizar treinos mais intensos, seguindo as diretrizes da OMS para adultos, que incluem entre 150 e 300 minutos de atividades moderadas semanais ou de 75 a 150 minutos de atividades vigorosas. A recomendação dos especialistas é que a prática escolhida seja prazerosa e adapte-se à rotina de cada pessoa, o que facilita a adesão e promove a continuidade.
Cuidados essenciais para a segurança
Além do suporte especializado, o público idoso deve adotar medidas adicionais para um exercício seguro, como consultas médicas regulares, hidratação e o uso de roupas e calçados apropriados, que ajudam a evitar lesões e regulam a temperatura corporal. A presença de um educador físico permite um acompanhamento individualizado e seguro, ajustando a prática às condições de saúde e limitações de cada aluno.