O reajuste auxílio acidente é um direito que pode passar despercebido por muitos segurados do INSS. Mas, para quem depende desse benefício no dia a dia, saber como ele é corrigido e o que pode mudar com o tempo é essencial para não deixar de receber o que é justo.
Esse tipo de auxílio é pago à pessoa que sofreu um acidente e, mesmo após recuperação parcial, ficou com alguma sequela permanente que reduziu sua capacidade de trabalho. Ele não impede a pessoa de continuar trabalhando, mas serve como uma compensação.
Agora, o que muita gente não sabe é que o valor do auxílio também passa por reajustes ao longo do tempo, e é aí que mora a importância de entender bem como isso funciona.
O que é o auxílio-acidente, afinal?
Antes de falar do reajuste auxílio acidente, é bom lembrar o que é esse benefício. Ele é pago de forma contínua e mensal, normalmente como 50% do valor que a pessoa receberia de um auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
A grande vantagem é que o segurado pode continuar trabalhando normalmente enquanto recebe o valor. Ou seja, ele mantém sua renda ativa e ainda tem esse valor extra, como uma forma de compensar a redução na capacidade funcional causada pelo acidente.
Esse benefício só é encerrado quando o trabalhador se aposenta ou, em casos muito específicos, quando a sequela deixa de existir (o que é raro).

O reajuste acontece todo ano?
Sim. O reajuste auxílio acidente segue o mesmo padrão de correção aplicado aos demais benefícios pagos pelo INSS. Ele é corrigido anualmente, de acordo com o índice de inflação, geralmente o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), definido pelo governo.
Isso significa que, mesmo que o valor inicial pareça pequeno, ele não fica congelado com o passar dos anos. A correção anual ajuda o benefício a acompanhar o aumento do custo de vida, o que, convenhamos, é mais do que necessário.
Por que o reajuste é tão importante?
O reajuste auxílio acidente pode parecer apenas uma atualização de valor, mas para quem depende dessa renda como parte do orçamento mensal, ele faz toda a diferença. Afinal, as contas aumentam, os preços sobem e a vida continua girando.
Se o benefício ficasse com o valor fixo, ele perderia força com o tempo. É por isso que o reajuste é tão importante: ele garante poder de compra e ajuda a manter o benefício alinhado com a realidade econômica do país.
Além disso, para quem recebe o auxílio por muitos anos, esse reajuste anual representa uma soma significativa. E em tempos de orçamento apertado, qualquer acréscimo faz diferença.
Posso conferir se o reajuste está sendo aplicado corretamente?
Pode, e deve. Quem recebe o benefício consegue acompanhar o histórico de pagamentos diretamente pelo portal Meu INSS ou pelo aplicativo no celular. Lá é possível visualizar mês a mês o valor depositado e comparar com os reajustes divulgados oficialmente.
Se notar que o reajuste auxílio acidente não está sendo aplicado como deveria, é importante buscar orientação. Em alguns casos, pode ter ocorrido erro no sistema do INSS, e o segurado tem direito a pedir a correção dos valores e até o pagamento retroativo do que ficou para trás.
O reajuste aumenta o valor do auxílio automaticamente?
Sim. O reajuste auxílio acidente é aplicado automaticamente pelo INSS, sem que o segurado precise fazer qualquer solicitação. O novo valor passa a valer geralmente a partir de janeiro de cada ano, com base no índice divulgado no fim do ano anterior.
Se você já recebe o benefício, fique atento às informações no extrato bancário ou no aplicativo do INSS. Os valores corrigidos devem aparecer ali sem necessidade de pedido adicional.
Reajuste vale para todos os auxílios-acidente?
Sim, o reajuste auxílio acidente vale para todos os beneficiários ativos, independentemente do tipo de acidente ou da área de atuação profissional. A única exigência é que o benefício esteja sendo pago normalmente.
Quem já se aposentou, por outro lado, não tem mais direito ao auxílio, e, nesse caso, o reajuste não se aplica mais, porque o benefício já foi encerrado.
E se o reajuste não for aplicado corretamente?

Em casos em que o reajuste auxílio acidente não foi aplicado, o segurado pode entrar com um pedido de revisão. Isso pode ser feito no próprio Meu INSS, anexando os extratos de pagamento e explicando o que aconteceu.
Se o problema não for resolvido administrativamente, ainda existe a possibilidade de recorrer à Justiça. Muitos segurados conseguem receber os valores atrasados com correção, desde que consigam comprovar a falha no pagamento.
Dica final: acompanhe e se informe
O reajuste auxílio acidente pode parecer um detalhe, mas é um direito garantido e que impacta diretamente na vida financeira de quem depende desse benefício.
Por isso, acompanhar os valores, entender como funciona a correção e saber onde buscar ajuda em caso de erro é essencial.
Ficar de olho no extrato, buscar informações atualizadas e conversar com especialistas, se necessário, é a melhor forma de garantir que seus direitos estejam sendo respeitados e que nenhum centavo fique para trás.