Pesquisa revela: Desigualdades sociais agravam ansiedade em idosos

A ansiedade em idosos tem se tornado um tema de crescente interesse. Um estudo brasileiro recente destacou relação significativa entre qualidade de vida, práticas de lazer e ansiedade na terceira idade. A pesquisa revelou que desigualdades sociais podem afetar diretamente a saúde mental dos idosos.

Conduzida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a pesquisa coletou dados entre junho e dezembro de 2022, envolvendo 345 idosos dos Centros de Convivência da Terceira Idade de Vitória. Os resultados indicaram que idosos com qualidade de vida abaixo da média e que praticam menos atividades de lazer apresentam maior probabilidade de desenvolver Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Especificamente, a ausência de práticas de lazer aumenta em quatro vezes a chance de um idoso manifestar TAG. Além disso, uma qualidade de vida baixa eleva essa probabilidade em 6,5 vezes. A pesquisa também evidenciou a influência das desigualdades sociais e raciais na qualidade de vida dos idosos. Os dados mostraram que ser branco aumenta em 2,5 vezes a probabilidade de ter uma melhor qualidade de vida.

A pandemia de COVID-19 intensificou os desafios enfrentados pelos idosos, aumentando a incidência de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. O isolamento social e a incerteza em relação ao futuro contribuíram para agravar essas condições, especialmente entre aqueles com doenças crônicas.

Promoção de saúde

Diante desses desafios, a adoção de estratégias que promovam a saúde mental dos idosos torna-se essencial. A ampliação das oportunidades de lazer e a implementação de políticas públicas inclusivas são fatores que podem reduzir as desigualdades sociais e proporcionar um envelhecimento digno e saudável a todos.

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