Fungibilidade dos benefícios previdenciários: o que é?

Fungibilidade dos benefícios previdenciários: o que é?

fungibilidade dos benefícios previdenciários

A fungibilidade dos benefícios previdenciários pode até parecer um daqueles nomes complicados que mais confundem do que ajudam, mas acredite: esse é um conceito que faz toda a diferença na vida de quem precisa do INSS. 

E a boa notícia é que, quando a gente entende do que se trata, tudo começa a fazer mais sentido. Se você está dando entrada em um benefício, teve um pedido negado ou está em dúvida sobre qual caminho seguir, entender como funciona essa tal fungibilidade pode ser um alívio. Vamos explicar tudo de forma simples, com exemplos e sem enrolação.

O que significa “fungibilidade” nesse contexto da fungibilidade dos benefícios previdenciários?

A fungibilidade dos benefícios previdenciários é, basicamente, a possibilidade de o INSS conceder um benefício diferente daquele que foi originalmente pedido, desde que a pessoa tenha direito a ele. 

Ou seja: se você pede um tipo de benefício, mas, ao analisar o seu caso, o INSS entende que outro é mais adequado, ele pode fazer essa troca sem que você precise começar tudo do zero.

Parece simples, e de fato é. O termo “fungível” vem da ideia de algo que pode ser substituído ou trocado por outro semelhante, sem prejuízo. No mundo previdenciário, isso significa garantir que a pessoa receba aquilo a que tem direito, mesmo que não tenha feito o pedido exato desde o início.

Por que isso é tão importante?

Imagina que alguém pede o auxílio-doença por estar afastado do trabalho, mas o INSS percebe que, na verdade, a condição da pessoa já se enquadra como aposentadoria por invalidez

Em vez de negar o pedido e pedir para a pessoa recomeçar todo o processo, o órgão pode aplicar a fungibilidade dos benefícios previdenciários e conceder diretamente o benefício correto.

Isso evita atrasos, desgaste emocional, burocracia desnecessária e, claro, garante que a pessoa receba o que precisa com mais rapidez.

fungibilidade dos benefícios previdenciários

Quais benefícios entram nessa lógica?

Nem todos os benefícios permitem essa troca automática, mas ela é bastante comum entre os benefícios por incapacidade. A fungibilidade dos benefícios previdenciários costuma ser aplicada em casos como:

  • Auxílio-doença (hoje chamado de benefício por incapacidade temporária)
  • Aposentadoria por invalidez (benefício por incapacidade permanente)
  • Auxílio-acidente
  • Reabilitação profissional

A lógica é sempre a mesma: se a pessoa tem direito a um benefício diferente, mas relacionado ao mesmo motivo original do pedido, o INSS pode — e deve — fazer essa conversão sem exigir um novo processo.

A fungibilidade depende de boa-fé?

Sim, e esse é um ponto muito importante. A fungibilidade dos benefícios previdenciários só se aplica quando fica claro que o pedido foi feito de boa-fé. Ou seja, a pessoa não está tentando enganar o sistema nem pediu o benefício errado de propósito.

É natural que o cidadão comum não conheça todas as regras e nomes técnicos. E é justamente por isso que o INSS deve interpretar o pedido com flexibilidade e olhar para o conteúdo, não apenas para o rótulo. Essa postura protege o direito do segurado e evita que ele fique sem o benefício por um detalhe técnico.

O que acontece na prática?

Vamos a um exemplo simples: Maria pediu o auxílio-doença, mas na perícia o médico constatou que ela tem uma incapacidade permanente. Em vez de negar o auxílio e mandar Maria fazer tudo de novo, o perito pode sugerir a concessão da aposentadoria por invalidez. 

O INSS, então, aplica a fungibilidadedos benefícios previdenciários e concede a aposentadoria, mesmo que esse não tenha sido o pedido original. Isso faz com que Maria receba o valor certo mais rápido, sem perder tempo com nova documentação, novos prazos e nova análise.

É possível que o INSS não aplique a fungibilidade?

Infelizmente, sim. Embora a fungibilidade dos benefícios previdenciários esteja prevista e seja reconhecida na Justiça, nem sempre ela é aplicada de forma automática. 

Em alguns casos, o INSS ainda nega o pedido original sem verificar se existe outra possibilidade viável. Quando isso acontece, o segurado pode recorrer da decisão ou procurar ajuda jurídica. 

A boa notícia é que a Justiça tem reconhecido cada vez mais o direito à fungibilidade, principalmente quando está claro que o trabalhador agiu de forma honesta e só não pediu o benefício correto por falta de conhecimento técnico.

Dá para pedir a fungibilidade diretamente?

Sim. Ao fazer um pedido no INSS, é possível incluir uma observação informando que, caso o benefício solicitado não seja o mais adequado, o órgão pode conceder outro, de acordo com a análise técnica.

Isso mostra que o segurado já está ciente da fungibilidade dos benefícios previdenciários e que está aberto a essa alternativa. É uma forma simples de se proteger e agilizar o processo, caso haja alguma dúvida entre dois tipos de benefício parecidos.

Fungibilidade é um direito que traz mais humanidade ao processo

fungibilidade dos benefícios previdenciários

A fungibilidade dos benefícios previdenciários existe para garantir que o cidadão não saia prejudicado por questões formais ou técnicas. Em vez de travar o acesso ao benefício, esse conceito permite que o sistema seja mais justo, mais eficiente e mais sensível à realidade de quem está pedindo ajuda.

Se você está com um pedido em andamento ou ainda vai fazer a solicitação, vale a pena conhecer seus direitos e lembrar que, mesmo que o nome do benefício esteja errado, o que vale é a sua situação real.

E se houver direito, a fungibilidade deve ser aplicada, para que o que realmente importa aconteça: você receba o que precisa, com o menor desgaste possível.

Receba nossas notícias em seu e-mail. Cadastre-se agora em nossa newsletter.
plugins premium WordPress