A forma correta de se referir à velhice sempre gerou discussões e dúvidas na sociedade brasileira, que ainda carrega estereótipos e preconceitos sobre aqueles que chegaram aos 60 anos de. Por isso, é importante refletir sobre as nomenclaturas utilizadas para evitar desrespeito e preconceito.
O envelhecimento é um processo contínuo ao longo da vida, abrangendo infância, adolescência, fase adulta e velhice. A última fase desse processo começa aos 60 anos em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Confira abaixo os termos mais utilizados para se referir à velhice e quais significados eles carregam:
- Velho: Este termo, embora literal, é muitas vezes visto de forma pejorativa, associando-se a alguém que não produz. No dicionário, “velho” significa alguém com muito tempo de vida, mas devido à sua conotação negativa, é pouco utilizado.
- Idoso ou pessoa idosa: Legalmente adotada, essa nomenclatura é comum em leis e documentos oficiais. Originária da França, surgiu como um substituto para “velho”. Atualmente, é uma das mais aceitas socialmente.
- Sênior: No ambiente empresarial, “sênior” refere-se a um funcionário experiente. Por analogia, no contexto etário, refere-se a alguém com longa experiência de vida.
- Terceira idade: Esta expressão refere-se às pessoas que se aposentam devido à idade e passam a priorizar o bem-estar e a qualidade de vida. No entanto, não representa todas as pessoas na fase da velhice.
- Melhor idade: Criado para substituir “terceira idade”, o termo “melhor idade” superestima as potencialidades da velhice, associando-a à oportunidade de descanso e prazer após a aposentadoria. Contudo, essa não é a realidade de todos os indivíduos com 60 anos ou mais.
- Senil: Senilidade refere-se às mudanças patológicas resultantes do envelhecimento e de fatores que influenciam o surgimento de doenças. “Senil” se refere, portanto, a um indivíduo mais velho que apresenta uma ou mais patologias.
Apesar das discussões sobre a nomenclatura apropriada, o mais importante é o respeito à preferência individual. Cada pessoa pode ter um termo que considera mais adequado para si, e perguntar qual é essa preferência é fundamental para evitar preconceitos e desrespeito, além de estabelecer uma convivência mais empática com aqueles que já passaram dos 60 anos de vida.