A vida do corretor de imóveis é marcada por altos e baixos. Em um mês, a venda de um imóvel pode render uma comissão significativa; no outro, pode não entrar nenhum contrato. Essa instabilidade faz parte da profissão, mas traz um grande desafio: manter contribuições regulares para a aposentadoria.
Muitos profissionais acabam priorizando as contas do momento e deixam de lado a Previdência Social. O problema é que, sem contribuição, não há proteção para o futuro, nem para a aposentadoria, nem para situações de doença ou incapacidade.
Por que o corretor precisa se preocupar com a aposentadoria
Diferente de quem tem carteira assinada, o corretor de imóveis precisa planejar sozinho as contribuições para o INSS. Isso significa decidir:
• Quanto vai contribuir;
• Em quais meses vai manter a contribuição;
• Se vale a pena pagar pelo mínimo ou pelo teto.
Sem esse planejamento, muitos corretores chegam perto da idade de se aposentar sem tempo suficiente de contribuição ou com benefícios muito baixos.
Contribuir pelo mínimo ou pelo teto?
Uma dúvida comum é se vale a pena contribuir apenas pelo salário mínimo ou investir em contribuições maiores nos meses de maior faturamento.
- Contribuir pelo mínimo garante apenas o benefício básico, que pode não ser suficiente para manter o padrão de vida.
- Contribuir pelo teto, quando possível, ajuda a construir uma média salarial mais alta e garante mais segurança no futuro.
A estratégia ideal depende do histórico de contribuições e dos objetivos de cada profissional.
O perigo da irregularidade nas contribuições
Interrupções no pagamento ao INSS podem trazer consequências sérias. Além de atrasar a aposentadoria, o corretor perde a cobertura de benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e até a pensão por morte para os dependentes.
Ou seja: não se trata apenas de aposentadoria no futuro, mas também de segurança no presente.
É possível recuperar contribuições passadas?
Sim, existe a possibilidade de pagar retroativamente períodos em que não houve contribuição. No entanto, é necessário comprovar atividade profissional no período e avaliar se esse pagamento vale a pena financeiramente.
Muitas vezes, o pagamento em atraso pode ser estratégico para aumentar o tempo de contribuição e até antecipar a aposentadoria, mas há o risco de diminuir a média salarial.
O papel do planejamento previdenciário
O planejamento previdenciário ajuda o corretor a:
- Definir a melhor forma de contribuição;
- Calcular o tempo de serviço necessário;
- Estudar cenários de aposentadoria para escolher o mais vantajoso;
- Evitar pagamentos desnecessários ou contribuições mal direcionadas.
Em outras palavras, é como um mapa que guia o corretor até a melhor aposentadoria possível, sem desperdício de tempo ou dinheiro.
Além do INSS: complementos importantes
Embora o INSS seja a base da proteção social, o corretor pode e deve buscar alternativas complementares:
- Previdência privada;
- Investimentos que gerem renda mensal (como fundos imobiliários ou dividendos de ações);
- Reserva de emergência para períodos de baixa nas vendas.
Essas estratégias permitem que o profissional não dependa apenas da aposentadoria oficial.
Erros comuns que precisam ser evitados
Entre os principais erros que os corretores cometem estão:
- Confiar apenas em momentos de bonança e esquecer de contribuir regularmente;
- Acreditar que ainda há muito tempo para se preocupar com aposentadoria;
- Não guardar documentação que comprove a atividade profissional;
- Ignorar a possibilidade de complementar a renda futura com outras formas de investimento.
O primeiro passo para um futuro tranquilo
O corretor de imóveis, assim como qualquer trabalhador autônomo, precisa enxergar a aposentadoria como parte do negócio. Planejar hoje é garantir que o esforço de anos de trabalho se transforme em segurança no futuro.
O primeiro passo é simples: organizar as contribuições e buscar um planejamento estratégico. Isso evita surpresas desagradáveis e abre caminho para uma aposentadoria digna, sem depender da sorte ou da improvisação.
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