Para muita gente que sente dores ou formigamentos constantes nas mãos, especialmente durante o trabalho, surge uma dúvida importante: sindrome do túnel do carpo aposentadoria é um direito garantido?
E a resposta, em muitos casos, pode ser sim, desde que alguns critérios sejam atendidos. A síndrome do túnel do carpo é mais comum do que se imagina. Afeta principalmente trabalhadores que fazem movimentos repetitivos com as mãos e os punhos, como digitadores, operários, costureiras, cabeleireiros e até mesmo músicos.
E quando o quadro avança a ponto de limitar as atividades diárias, o assunto se torna mais sério: pode sim gerar afastamento e, em casos mais graves, até aposentadoria por invalidez.
Entendendo melhor a sindrome do túnel do carpo aposentadoria
Antes de falar sobre sindrome do túnel do carpo aposentadoria, é importante entender o que é essa condição. Ela acontece quando o nervo mediano, que passa por um “túnel” no punho, fica comprimido.
Isso gera dor, dormência, fraqueza e formigamento nas mãos e nos dedos e, com o tempo, pode dificultar coisas simples como segurar uma xícara ou digitar no computador.
O diagnóstico é feito por um médico, geralmente com base nos sintomas relatados e exames específicos, como a eletroneuromiografia. Quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de tratar e evitar o agravamento.

Quando a síndrome dá direito a afastamento ou aposentadoria?
A primeira coisa que se analisa em casos assim é se a pessoa ainda consegue trabalhar. Em muitos quadros leves ou moderados, é possível seguir com o trabalho após tratamento, uso de órteses e até cirurgia.
Mas quando a condição é grave e não responde bem aos cuidados médicos, o INSS pode reconhecer o direito a benefício por incapacidade.
Aqui entra o ponto principal da discussão sobre sindrome do túnel do carpo aposentadoria: o benefício vai depender do grau de limitação causado pela doença.
Se a pessoa estiver temporariamente sem condições de trabalhar, o mais comum é o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Se a incapacidade for permanente, aí, sim, pode haver a concessão da aposentadoria por invalidez.
O que o INSS analisa nesses casos?
O Instituto vai considerar alguns pontos:
- Se a doença foi causada ou agravada pelo trabalho;
- Se houve tentativa de reabilitação;
- Se existem documentos médicos recentes e bem detalhados;
- Se a pessoa está, de fato, incapacitada de forma permanente para exercer qualquer atividade profissional.
Em casos de sindrome do túnel do carpo aposentadoria, é muito comum o pedido passar por uma perícia médica do INSS.
Nela, o perito vai avaliar os exames apresentados, o histórico de tratamento, os sintomas atuais e o impacto da doença na vida profissional da pessoa.
Por isso, é fundamental ter laudos bem preenchidos, pareceres de especialistas e comprovação de que a doença afeta diretamente as atividades exercidas.
É preciso advogado para pedir aposentadoria por síndrome do túnel do carpo?
Não é obrigatório, mas pode ajudar muito. Muitos pedidos de sindrome do túnel do carpo aposentadoria são negados logo de início por falta de documentação ou por erro no processo. Um advogado especializado em direito previdenciário pode orientar sobre quais documentos reunir, como se preparar para a perícia e até recorrer caso o pedido seja indeferido.
Além disso, ele pode identificar se a pessoa também tem direito a outros benefícios, como o adicional de 25% para quem precisa de cuidados permanentes, dependendo da situação.
Posso trabalhar em outra área depois de me aposentar?
Se a aposentadoria for por invalidez, o benefício é interrompido caso a pessoa volte a trabalhar formalmente. Mas, dependendo do caso, pode haver reabilitação profissional e mudança de função. O ideal, em situações de sindrome do túnel do carpo aposentadoria, é passar por esse processo com acompanhamento médico e orientação adequada, inclusive junto ao INSS.
Agora, se a pessoa conseguir se recuperar e voltar a exercer uma função diferente, mais leve e sem esforço manual repetitivo, é possível tentar retornar ao mercado, e isso pode ser positivo para a saúde física e emocional.
Dica importante: documentação é tudo

Se tem algo que faz a diferença em qualquer análise do INSS, é o conjunto de documentos. Para casos de sindrome do túnel do carpo aposentadoria, isso inclui:
- Laudos médicos atualizados;
- Exames que comprovem a doença (especialmente a eletroneuromiografia);
- Histórico de tratamentos realizados;
- Relatórios de fisioterapia, ortopedistas ou neurologistas;
- Declaração da empresa sobre as atividades exercidas.
Quanto mais bem organizado estiver esse material, maiores as chances de aprovação do benefício.
Vale a pena insistir?
Sim. Muita gente acaba desistindo após um indeferimento, mas isso nem sempre significa que a pessoa não tem direito. Em muitos casos de sindrome do túnel do carpo aposentadoria, o problema está apenas na falta de informação ou na forma como o pedido foi feito.
Recorrer é um direito, e há muitas decisões judiciais favoráveis reconhecendo o direito à aposentadoria nesses casos.
E se o pedido for negado por erro ou falta de documentos, sempre é possível reunir mais provas e tentar novamente. Com paciência e orientação de profissionais como o advogado previdenciário da Bocchi, o benefício pode sair.