A prática de corrida pode trazer diversos benefícios para a saúde de pessoas de todas as idades, inclusive para os idosos. Com o envelhecimento da população brasileira, essa atividade tem ganhado mais adeptos na terceira idade. Entretanto, é fundamental que essa prática seja realizada de forma cuidadosa e com a orientação de profissionais especializados.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos, chegando a 22.169.101 indivíduos em 2022, o que representa 10,9% da população total do país. Nesse contexto, a busca por atividades físicas para manter a saúde e o bem-estar tem se intensificado.
Estudos da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte indicam que cerca de 20% dos idosos que praticam atividades físicas escolhem modalidades que envolvem corrida ou caminhada acelerada. Essas atividades são eficazes para melhorar a capacidade cardiovascular, controlar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e aumentar a resistência muscular. Além disso, ajudam a preservar a mobilidade e a independência funcional, aspectos essenciais para a qualidade de vida na terceira idade.
Atenção para a avaliação médica
Porém, para iniciar uma rotina de corrida, é necessário que o idoso passe por uma avaliação médica completa. De acordo com especialistas, exames cardiológicos e de mobilidade são imprescindíveis para identificar possíveis riscos e adaptar o treinamento conforme as condições de saúde de cada indivíduo. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destaca que aproximadamente 50% dos idosos no Brasil possuem algum tipo de limitação física ou condição crônica, como osteoporose ou doenças articulares, que exigem ajustes na prática de exercícios.
Uma das orientações para idosos que desejam iniciar a corrida é começar com caminhadas, aumentando progressivamente a intensidade até chegar a uma corrida leve. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos com 60 anos ou mais devem realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, o que pode ser distribuído em três a quatro sessões semanais, intercaladas com dias de descanso ou atividades mais leves.
