CID I50 aposenta? Essa é uma dúvida muito comum entre pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca e que enfrentam limitações para continuar trabalhando.
Afinal, quando o coração não funciona da forma como deveria, o corpo sente e muito. Cansaço excessivo, falta de ar, dificuldade para caminhar longas distâncias e até inchaço nas pernas são só alguns dos sintomas.
Mas será que o diagnóstico de insuficiência cardíaca, classificado pelo CID I50, dá direito à aposentadoria? A resposta é: depende. O que a legislação brasileira prevê é que, quando uma doença limita a capacidade de trabalho da pessoa, o INSS pode sim conceder algo.
E a insuficiência cardíaca está entre as doenças que podem justificar esse pedido, desde que tudo seja bem comprovado.
CID I50 aposenta mesmo? Veja quando isso pode acontecer
Para que o INSS aceite um pedido de aposentadoria baseado no CID I50, é necessário mais do que o diagnóstico. O primeiro ponto é avaliar se a insuficiência cardíaca está em estágio avançado e se realmente interfere no desempenho das atividades profissionais.
Ou seja, CID I50 aposenta nos casos em que o segurado não consegue mais trabalhar por causa da gravidade dos sintomas.
Isso vale tanto para quem já tentou se adaptar em outra função quanto para quem passou por tratamentos e mesmo assim não conseguiu estabilizar o quadro.
Outro ponto importante é que a aposentadoria por invalidez, hoje chamada de benefício por incapacidade permanente, só é concedida quando fica claro que a pessoa não tem condições de reabilitação. Esse é o último passo depois que todas as outras possibilidades forem avaliadas.

Tipos de benefícios possíveis
Quando falamos em aposentadoria por causa de problemas de saúde, o CID I50 pode abrir portas para três tipos de benefício:
- Auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária): indicado quando a insuficiência cardíaca impede o trabalho por um período, mas com expectativa de recuperação.
- Aposentadoria por invalidez (benefício por incapacidade permanente): concedida quando o problema é grave e sem previsão de melhora.
- Auxílio-acidente: nos casos em que a pessoa consegue trabalhar, mas com limitações permanentes, reduzindo sua produtividade.
Então, sim: CID I50 aposenta, mas dentro de critérios específicos e bem documentados.
O que é preciso apresentar ao INSS?
A primeira coisa é o laudo médico detalhado, assinado por um cardiologista, explicando o quadro de saúde, os sintomas e como a doença interfere na vida profissional.
Exames como ecocardiograma, teste de esforço e laudos de internações anteriores também ajudam a reforçar o pedido.
Durante a perícia, o profissional do INSS vai avaliar todos esses documentos. Se ficar evidente que a pessoa não consegue mais trabalhar e nem se adaptar a outra função, o benefício pode ser concedido.
Além disso, é essencial estar com as contribuições em dia ou dentro do período de graça (que pode durar de 3 a 36 meses após a última contribuição). Quem tem vínculo como autônomo ou MEI também pode ter direito, desde que esteja contribuindo corretamente.
Vale lembrar: CID I50 aposenta, mas não automaticamente. Tudo depende da gravidade do caso e da comprovação apresentada.
E se o benefício for negado?

Infelizmente, nem sempre o primeiro pedido é aprovado. Mas isso não quer dizer que o caminho chegou ao fim. É possível entrar com recurso dentro do próprio Meu INSS, e, se ainda assim a resposta for negativa, o segurado pode recorrer à Justiça.
Nesses casos, contar com o apoio de um advogado previdenciário pode fazer a diferença. O profissional ajuda a montar um processo mais robusto, reunindo todas as provas e orientando em cada etapa.
Então, se você ou alguém da sua família está passando por isso, saiba que há caminhos. CID I50 aposenta, sim, em situações onde a insuficiência cardíaca compromete de forma relevante a capacidade de trabalho.
A importância do acompanhamento médico
Manter um bom acompanhamento com o cardiologista e registrar toda evolução do quadro clínico é fundamental. Consultas regulares, laudos atualizados e indicação de tratamentos fazem parte de um processo bem estruturado. Isso mostra ao INSS que o segurado está fazendo o possível para se tratar e, mesmo assim, não consegue mais exercer sua profissão.
Lembre-se: o INSS analisa o conjunto da obra. Não basta só o código CID no atestado. O que pesa mesmo é a comprovação da incapacidade de forma contínua, clara e completa.
O CID I50 aposenta, mas com critério e comprovação
A dúvida sobre se CID I50 aposenta é mais comum do que parece. E embora a resposta não seja um simples “sim” ou “não”, o importante é entender que existe possibilidade real de aposentadoria para pessoas com insuficiência cardíaca, desde que se comprove a incapacidade de seguir trabalhando.
Se você enfrenta essa condição, busque acompanhamento médico, mantenha os documentos organizados e não tenha receio de pedir o que é seu por direito. O caminho pode ser longo, mas ele existe, e com o suporte certo, fica mais leve de percorrer.