Estudos recentes têm destacado os benefícios surpreendentes que bordar e tricotar podem oferecer à saúde física e mental. Segundo os pesquisadores, essas atividades não apenas são terapêuticas, mas também promovem uma série de melhorias significativas para quem as pratica regularmente.
Segundo estudo da Universidade de Harvard, bordar e tricotar induzem a um estado de relaxamento profundo, comparável ao alcançado através da meditação ou ioga, já que, uma vez superada a curva de aprendizado inicial, essas práticas podem reduzir os batimentos cardíacos, a pressão arterial e até os níveis de hormônios ligados ao estresse.
Outro estudo realizado na Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, revelou que tricotar trouxe melhorias significativas para mulheres com anorexia. Mais de 70% das participantes relataram uma redução na intensidade dos medos e pensamentos relacionados ao distúrbio alimentar, demonstrando o potencial terapêutico dessas atividades.
Além disso, uma pesquisa publicada no “Journal of Neuropsychiatry & Clinical Neurosciences” indicou que o envolvimento em atividades manuais como crochê e tricô pode diminuir o risco de transtornos cognitivos leves e perda de memória. Embora os mecanismos exatos pelos quais esses benefícios ocorrem ainda não sejam totalmente compreendidos, os pesquisadores sugerem que as atividades manuais podem promover o desenvolvimento de vias neurais no cérebro, que são fundamentais para a manutenção da saúde cognitiva. O estudo, realizado com mais de 1.300 pessoas entre 70 e 89 anos, sugere que essas práticas ajudam a manter a saúde mental ao longo do tempo, além de reduzir significativamente a percepção de dores crônicas.