Qual grau de autismo aposenta é uma dúvida que muita gente tem, principalmente familiares de pessoas diagnosticadas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
E a resposta é: sim, dependendo do grau de comprometimento, é possível sim garantir um benefício previdenciário, seja por aposentadoria por invalidez ou pelo BPC/LOAS.
Se você está em busca de informações claras, explicadas de forma simples e com foco na realidade de quem vive isso de perto, continue lendo.
Esse conteúdo foi feito justamente para facilitar a compreensão de quem não entende de leis, mas quer fazer tudo da forma certa.
O que significa grau de autismo?
Antes de entender qual grau de autismo aposenta, é importante saber como funciona essa classificação. Atualmente, o autismo é dividido em três níveis:
- Grau 1 (leve): a pessoa apresenta certa dificuldade de interação social, mas consegue ter uma vida com certa autonomia, dependendo de apoio leve.
- Grau 2 (moderado): já existe uma limitação maior na comunicação e no comportamento. Nesse nível, o suporte diário é essencial.
- Grau 3 (severo): há um grau intenso de dependência. A pessoa pode não conseguir se comunicar de forma funcional e precisa de suporte integral para quase todas as atividades do dia a dia.
Essa diferenciação é essencial para o INSS avaliar qual grau de autismo aposenta e qual tipo de benefício é mais adequado em cada caso.

Qual grau de autismo aposenta dá direito a aposentadoria por invalidez?
No caso do autismo, o que garante a possibilidade de aposentadoria é o impacto funcional da condição na vida do segurado. E, de forma geral, o grau 3 de autismo costuma ser o que mais se encaixa nos critérios exigidos.
Para entender melhor qual grau de autismo aposenta, pense na aposentadoria por invalidez como um direito de quem, por causa de uma condição de saúde, não consegue exercer nenhuma atividade profissional, e isso precisa ser comprovado por meio de laudos e perícia médica do INSS.
Mas atenção: não é só o diagnóstico de autismo que determina a concessão do benefício. É necessário provar que a condição impossibilita a pessoa de trabalhar e que ela contribuiu ao INSS em algum momento ou está dentro do período de carência exigido.
E quem nunca contribuiu? Existe alternativa?
Sim, existe. E aqui entra o BPC/LOAS, um benefício assistencial destinado a pessoas com deficiência que não têm condições financeiras de se manter sozinhas ou com ajuda da família.
Nesse caso, para saber qual grau de autismo aposenta com base no BPC, é preciso passar por uma avaliação biopsicossocial feita pelo INSS, que considera tanto o laudo médico quanto a condição social da família.
Para ter direito, a renda por pessoa do grupo familiar precisa ser inferior a 1/4 do salário mínimo. O BPC não exige contribuições ao INSS, mas também não garante 13º salário nem deixa pensão por morte.
Ainda assim, é uma alternativa valiosa para quem não se enquadra na aposentadoria tradicional.
Como solicitar o benefício?
Agora que você entendeu qual grau de autismo aposenta e as possibilidades existentes, o próximo passo é saber como dar entrada no benefício. Tudo começa com a reunião dos documentos básicos:
- CPF e documentos de identificação;
- Laudos médicos atualizados com CID (código da doença), tratamentos e histórico clínico;
- Comprovantes de renda e residência;
- Para o BPC, comprovantes da renda de todos os membros da família que moram na mesma casa.
O pedido pode ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, ou ainda pelo telefone 135. Depois do envio, o INSS agenda uma perícia médica e, no caso do BPC, uma avaliação social.
É nesse momento que o perito avaliará, com base nos documentos e no comportamento funcional da pessoa, qual grau de autismo aposenta e se há direito ao benefício.

Dicas que podem fazer diferença
Uma dica valiosa é sempre manter os laudos médicos bem atualizados, com descrições claras do quadro clínico e, se possível, com informações sobre a necessidade de supervisão constante.
Outro ponto importante para quem quer entender melhor qual grau de autismo aposenta é buscar orientação com profissionais especializados em Direito Previdenciário.
Muitos advogados atuam exclusivamente com benefícios do INSS e sabem os caminhos mais seguros para cada situação.
Vale também lembrar que, mesmo após uma negativa, é possível entrar com recurso ou ação judicial, principalmente se o diagnóstico e os documentos forem sólidos.
E o acompanhamento contínuo?
Mesmo depois da concessão do benefício, o INSS pode solicitar reavaliações periódicas. Isso serve para garantir que o quadro da pessoa continua o mesmo. Isso não significa que o benefício será cancelado, mas sim que o órgão precisa manter atualizadas as informações no sistema.
Saber qual grau de autismo aposenta e se preparar bem para cada etapa é o que faz diferença no resultado final. E com paciência, informação e apoio, o processo pode ser menos estressante do que parece.